Matriz de Materialidade e Relatório de Sustentabilidade

Importante destacar que o conceito de “materialidade” é oriundo da contabilidade financeira tendo sido adaptado e usado com as informações chamadas de não financeiras.

Segundo a orientação da Global Reporting Initiative – GRI o foco dos relatórios de sustentabilidade deve ser nas questões materiais de cada organização. Logo, a grande questão é se esses temas são suficientemente importantes para influenciarem as decisões de um determinado stakeholder.

Discriminação, racismo e trabalhos análogos a escravidão na cadeia de suprimentos (fornecedor) pode não representar uma perda financeira significativa, porém sua materialidade segundo as lentes da sustentabilidade é evidente. Isso é chamado de dupla materialidade.

Inevitavelmente surge a questão: As preocupações com sustentabilidade devem ser apresentadas aos investidores, é de seu interesse?

Matriz de Materialidade e Relatório de Sustentabilidade - Rio de Janeiro

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Materialidade possui grande valor no ESG

De acordo com o Global Reporting Initiative – GRI Core Standards, os tópicos chamados de “materiais” refletem os impactos econômicos, ambientais e sociais de uma organização ou influenciam as avaliações e decisões das partes interessadas.

Assim, a análise da materialidade é uma ferramenta que identifica também os tópicos ESG que podem ser relevantes e impactantes para uma organização. Podem ser porque dependem de sua relevância que será definida pela organização, mas que trará impactos e desdobramentos extramuros incluindo as comunidades no entorno, seus próprios colaboradores e investidores.

5 motivos para a realização de um diagnóstico de materialidade

1. Identificação dos riscos do negócio que possuem maior representatividade e consequentemente maior dedicação em um primeiro momento, bem como ações de mitigação de forma a trazê-los para a classificação de “Tolerável”;

2. Plano de Adequação e orientação no processo ESG – Planos de longo prazo priorizando as ações que efetivamente causarão maior impacto na mitigação de riscos. Em especial a cadeia de fornecedores, um dos maiores calcanhares de Aquiles;

3. Identificação de opções para o engajamento focando no C do ESG – estabelecimento de uma trilha para que as organizações melhorem as relações e se envolvam com investidores, fornecedores, clientes e colaboradores.

4. Adequação e alocação correta de recursos uma vez definidas as prioridades;

5. Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade que efetivamente retratem os riscos de maior representatividade e todas as suas ações nas mais variadas áreas da organização, como por exemplo, mas sem limitar-se a: financeiro, jurídico, Gente e Gestão, Operações, Vendas, SMS, Risco, Seguros e Suprimentos.

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